segunda-feira, 12 de julho de 2010

capítulo 1: recap dos 22 anos da minha. Ou quem sou eu, né.

No dia 10 de Janeiro de 1988, o primogênito de um casal de aracajuanos, ainda jovem, mas fudido por causa do Plano Cruzeiro/Cruzado/Novo Cruzeiro/Novo Cruzado/Dolar/Bang Bang, estava pra nascer. Bom, antes disso, nos confins do que nós chamamos de Céu, não iria bem nascer nestas circunstâncias, mas por caprichos do destino-pré-nascituro...

- oi, Deus. Tudo bom?
- Tudo, meu filho.
- Soube que vou reencarnar em 1988. Tirou minha vida pq cansou que eu fosse reclamão da vida de luxo. né?
- É.
- O que me resta?
- Duas opções. Ou reencarna como um filho único de um casal ucraniano rico, que explora petróleo, ou como filho de dois operários brasileiros, nordestinos, mas com o coração bão. No que você quer?

Você, MUITO INTELIGENTE, escolheria a primeira opção. Pq? Primeiro que você seria rico. Depois você seria loiro do leste europeu, e o povo iria te secar se você fizesse uma incursão na América Latina (oi, Brasil). Meu eu-inconsciente-e-lírico, obviamente, optou pela segunda opção pra ver se aproveitaria a felicidade plena.

RÁ, mero engano. É só pra responder os karmas que cometi na vida passada, já que eu era LINDO DE MORRER E RICO, mas muito nojento, devasso, putão e etc. (carece de fontes)

Com isso, eu nasci. Muito paparicado pelos meus pais, quando bebê. Sou primogênito de dois filhos (tenho uma irmã, de 18 anos). Meus pais me amam, minha mãe mais que meu pai. Sinto isso. Minha família me ama, meus amigos me amam.

Até uns 12 anos, tinha uma vida simples, até. Mas bem bacana. Viajava pra tudo quanto é canto, já viajei de avião, andei de BMW, meus pais iam em festas muito mais maneiras que as que eles vão nos dias de hoje (affe), e até mesmo cresci com eles, progredi com eles.

Na escola, estudei em bons colégios, eu era um aluno brilhante e até invejado pelos colegas. MAS.

Era aquela coisa. Era inteligente, mas eu não era bonito. E nem magro. E nem tinha amigos. Daí que comecei a sofrer de bullying. (sofro bullying até hoje, sobretudo de familiares, pais, amigos e conhecidos) Só que compensava com boas notas, bom comportamento (sou educado ATÉ HOJE) e etc. e tal.

Digamos que eu tinha carisma ZERO, e era bem antipático/arrogante. Odiava perder em competições. Até chorava por causa disso.

A partir dos 13 anos, muita coisa mudou.

Me mudei de casa, de contatos, de vida. Comecei a me relacionar mais com as pessoas. Fiquei mais flexível com as pessoas. Mudei de colégio. Iria me livrar do aparelho, que comecei a usar aos 8 anos, mas não os óculos, que uso desde os 5. Iria largar o videogame (mas voltei quando comecei a faculdade, ou seja), iria começar a namorar (com alguém mais velh@ que ele), iria ser mais gente, afinal de contas.

Mas... Né? Quando cheguei aos 18 anos, parece que regredi. Só parece. Mesmo com faculdade e trabalho, parece que meu rendimento estudantil caiu, em relação ao meu Ensino Fundamental e Médio. Tô mais preguiçoso. Mais viciado em Internet. Mais cobranças em casa (80% da minha mãe, cujo motivo pode ser inicado com: NÃO FEZ NA FEDERAL, ESSE VIADINHO DE M_). Daí que descobri que sou gay (assumi aos 18, mas acho que eu sempre sabia o que eu queria, bjs), mais amigos, comecei a sair mais, sem deixar de lado meus antigos amigos que, neste momento, tô com saudades e queria abraçá-los (e que não vou à apresentação de monografia de um por causa de problemas que tive na faculdade, AFFE CU). Voltei a tornar devasso, mais ácido e crítico das coisas, mas com a autoironia e autosabotagem em vigor. Digamos que o Igor circa 2010 é  muito mais legal que o Igor circa 2002.

Já chorei por causa de colegas de escola e por causa da minha situação (biopsicofísica, digamos assim). Nunca tive um Nintendo na vida. (só fui ter AGORA, quando comecei a trabalhar) Namorei sério só umas 4 vezes, só. Isto é, se considerar namoro MESMO, o que é bem difícil. Amo cachorros, antes eu odiava. Adoro ver TV, sobretudo a bagaceira que passa nela. Me acho inteligente, mas não pedante. Tenho boa argumentação, mas às vezes me perco no ponto de vista. Brilho muito no Twitter. Não sou fotogênico. Queria andar com mais pessoas bonitas. Queria ser rico de novo (isto é, se a minha vida anterior for rico, mesmo). Viciado em tecnologia. Adora carros. Caga pra gente contraditória e não é normal em. nenhum. momento.

(além de eu ser uma pessoa hiperssexualizada, cujo facho seria menor se tivesse alguém pra transar comigo)

Sou leal. Me arrependo dos meus erros e peço desculpas. Me desgasto com discussões. Odeio gente grossa. Amo todo tipo de comida possível. Nunca fiz intercâmbio no exterior. Tô mais viadinho que antes. Preciso de terapia. TODO DIA. Tolero a prostituição (tenho meus motivos). Sou fascinado por revistas. Tenho um temperamento forte, apesar da minha paciência infinita. Leves traços de bipolaridade, DDA e Tourette. ODEIO SER IGNORADO. AMO SER PAPARICADO. Sou um dos diretores da gestão do Diretório de Estudantes da minha faculdade. Tive uma das melhores monografias de 2008 na Universidade que curso. Curso Direito. Sou meio que peça-chave pro Centro Acadêmico da minha faculdade. Fiz inimigos (que nem são muitos, e nenhum me dá raiva. SÓ VERGONHA DELES, BJS). Sou tranquilo com a minha sexualidade e com o meu futuro.

Enfim, eu só sou uma criança que acredita no mundo melhor, presa num corpo de um jovem adulto ácido e cínico.

Eis Igor Mikhail Maia, 22 anos, signo de Capricórnio, ascendente em Virgem e lua em Peixes, querendo ser rico. Pra poder ser feliz.

Bem-vindo ao pedaço da minha vida.

(Aracaju, 13 de Julho de 2010. Irritado com a Universidade e o mundo, e vendo a Twitcam deste rapaz. e sonhando pra que ele me dê bola. DOCE ILUSÃO)

[ah, a minha foto.]

(tirada de um Nintendo DS no local onde trabalho, 2010.)

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